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Cerca de 70% dos empreendedores nacionais têm renda de até 2 salários-mínimos

Pesquisa do Sebrae retrata também que o rendimento aumenta à medida que o empreendedor se qualifica.

Nos últimos anos, o sonho de se tornar um empreendedor e ser dono do próprio negócio tem ganhado força entre os brasileiros, tornando-se o segundo maior desejo da população adulta, perdendo apenas para a vontade de viajar pelo país. Esta tendência é destacada em uma pesquisa conduzida pelo Sebrae, que revela dados reveladores sobre o cenário empreendedor no Brasil.

Segundo o estudo, cerca de 68% dos 29 milhões de proprietários de negócios, tanto formais quanto informais, no país, relatam ter um rendimento de até 2 salários-mínimos. Para a maioria desses empreendedores, ter o seu próprio negócio representa uma conquista significativa, pois possibilita tanto o sustento familiar quanto a criação de novas oportunidades.

Os números também apontam que o rendimento tende a aumentar à medida que os empreendedores investem em qualificação. O Sebrae baseou seu levantamento em dados da PNAD referentes ao 2º trimestre de 2023, revelando que quase 20 milhões de brasileiros são proprietários de negócios com faturamento mensal de até 2 salários-mínimos.

Os pequenos negócios, frequentemente comparados a formigas incansáveis, desempenham um papel vital na dinâmica econômica do Brasil, representando atualmente 95% das empresas no país e contribuindo com aproximadamente 30% do Produto Interno Bruto (PIB). Investir em capacitação e aprendizado é apontado como um fator-chave para a expansão desses negócios, permitindo que os empresários alcancem um mercado mais amplo.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, enfatizou que a missão da instituição é ser parceira nessa jornada empreendedora. "A tarefa da instituição é formar essas pessoas para empreender durante toda sua trajetória. É uma tarefa permanente. É uma ação permanente", destacou Lima.

Embora o empreendedorismo seja uma atividade desafiadora, a pesquisa ressalta que oferece a oportunidade de iniciar pequeno e, com dedicação, criar escala. O Sebrae também destaca que muitos empresários optam por manter negócios menores, pois o empreendedorismo pode ser um instrumento de transformação social e inclusão.

A pesquisa ainda revela importantes insights sobre a relação entre gênero, escolaridade e renda. Por exemplo, na faixa de menor rendimento (até 2 salários-mínimos), 36% são mulheres, enquanto 45% têm até o ensino fundamental completo. Além disso, a maior proporção de negros (59%) está na mesma faixa de renda.

Em resumo, o empreendedorismo no Brasil está em ascensão, impulsionado por aspirações individuais, mas também desempenha um papel fundamental na economia e na inclusão social. A capacitação e o apoio contínuo oferecidos pelo Sebrae são cruciais para ajudar esses empreendedores a prosperar e contribuir para o desenvolvimento do país.

Com informações Agência Sebrae