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Saiba por que sua empresa deveria ter um infoproduto

Experiências têm mostrado que essa alternativa pode gerar maior receita a um custo baixo fornecendo aos clientes algum tipo de informação, muitas vezes educacional

Pode até não ter sido pela pandemia, mas fazer (muito mais) atividades on-line se tornou uma febre nos últimos dois anos. Trabalhar, estudar, vender são ações que se acomodam cada vez mais no campo virtual.

Seja para aprender ou se entreter, baixar um aplicativo, ouvir um podcast, jogar on-line são atividades que já soam com naturalidade a qualquer um, e isso significa que, de alguma forma, os infoprodutos já impactaram o nosso dia a dia.

Embora não se trate de uma novidade, Leonel Machado, consultor de tecnologia para varejo, pontua que esse mercado já crescia a passos largos antes da pandemia. Entretanto, passamos agora a um novo momento de ampliação desse setor potencializado por novidades tecnológicas, como o metaverso e conexão 5G.

“Essas tendências tornam a produção on-line algo ainda mais impactante na experiência dos usuários e do mundo dos negócios”.

Por essa razão, ainda há muito a ser realizado. Produtos distribuídos via internet, em formato exclusivamente digital, expostos na web, e que podem ser acessados por smartphones, tablets, computadores e demais dispositivos já competem com produtos que até pouco tempo atrás só existiam no mundo físico.

Pegando carona na era dos infoprodutos, há quem produza algo uma única vez para ser vendido a milhares de pessoas por tempo indeterminado. E é para essa particularidade que o lojista deveria direcionar o seu olhar, segundo Machado.

Muitos desses infoprodutos têm custo zero de produção, e não necessariamente precisam ser vendidos. Boa parte da reputação de uma marca está nas soluções que ela oferece, portanto, disponibilizar conhecimento de graça pode ser uma boa estratégia.

Em troca, o usuário oferece seu tempo, sua fidelidade, seus dados – e assim, os infoprodutos podem ser uma ferramenta valiosa para nutrir e captar clientes, dentro da estratégia conhecida como marketing de conteúdo.

De acordo com o relatório Digital Content Market Report 2021-2027, da Valuates Report, a projeção é de que o comércio de conteúdo digital cresça 5,9% ao ano até 2027. Apenas em 2020, foram movimentados mundialmente US$ 161,5 milhões em artigos on-line.

A aposta de que o metaverso figure como uma das inovações tecnológicas que irá aquecer esse mercado também corrobora para uma experiência do consumidor cada vez mais imersiva na web.

Com infinitas possibilidades para uma vivência 3D mais próxima do universo real, a perspectiva é de que mudaremos radicalmente a forma de nos relacionar com a internet. A tecnologia 5G também expandirá o cenário: com o aumento da velocidade de conexão e a ampliação da conexão, os produtos digitais terão mais alcance e poderão ser acessados de forma mais rápida, inclusive por smartphones.

A ideia de vender ou distribuir gratuitamente materiais mais aprofundados de conteúdo sobre o seu negócio pode se dar em diferentes formatos. Alguns exemplos de infoprodutos são eBooks, audiobooks, podcasts, vídeo aulas, cursos on-line com diferentes objetivos, que vão desde ensinar ao seu público sobre um determinado assunto até oferecer soluções para algumas ações do dia a dia.

Muitos desses materiais podem ser elaborados de forma caseira. Para uma loja de produtos a granel, por exemplo, pode ser interessante criar eBooks para diferentes estilos de clientes com receitas saudáveis, vegetarianas, infantis e outros temas alinhados com os ingredientes vendidos pelo estabelecimento.

Os custos para digitalizar e diagramar esse conteúdo serão bem reduzidos pensando que poderão ser distribuídos e replicados infinitamente.

No caso de podcasts, há plataformas com custos bem baixos de hospedagem para deixá-lo disponível na internet para que os clientes possam acessar e compartilhar o infoproduto, que já pode ter links de compras inseridos.